ADI 5322 e Horas Extras: a virada no STF que muda o jogo para os motoristas de carga
- Sucesso do Cliente | BEFORCE
- 15 de mai.
- 2 min de leitura
Com a ADI 5322, o STF muda o entendimento sobre tempo de espera e jornada fracionada. Saiba como isso impacta diretamente os direitos dos motoristas.
Você é motorista de carga e passa horas esperando para carregar, descarregar ou apenas cumprir ordens da empresa — e nunca viu isso contar como hora extra? Pois é. Durante muito tempo, esse tipo de jornada “invisível” era ignorado pela lei. Mas o cenário mudou — e mudou no Supremo Tribunal Federal.
Em recente julgamento da ADI 5322, o STF declarou inconstitucionais vários trechos da chamada "Lei do Motorista" (Lei 13.103/2015) que desconsideravam como jornada de trabalho períodos como:
Tempo de espera;
Descanso fracionado;
Pausas coincidentes com paradas obrigatórias;
Intervalos que eram desconsiderados como hora extra.
Esses trechos permitiam, por exemplo, que o motorista ficasse horas parado no pátio da empresa ou no cliente — sem que esse tempo contasse para sua jornada de trabalho. Agora, o STF reconheceu que isso viola a Constituição e os direitos fundamentais dos trabalhadores.
⚖️ O que isso significa na prática?
Se você:
Ficava esperando carga sem receber;
Dormia no caminhão sem estrutura adequada;
Trabalhou mais de 8 horas por dia, sem controle de jornada;
Tinha MEI, mas na prática era funcionário da transportadora...
Você pode ter direito ao reconhecimento de vínculo e ao pagamento de horas extras retroativas — em muitos casos, acima de R$ 50.000,00.
🚛 Por que essa decisão é histórica?
Porque traz à tona uma verdade ignorada por anos: o motorista não é uma máquina. Ele tem direito a descanso digno, remuneração justa e reconhecimento pelo tempo que passa fora de casa. Não é só sobre salário — é sobre dignidade.
📣 JusMotô: a justiça na estrada começa aqui
Se você se identificou com essa realidade, não está sozinho. Sou filha de caminhoneiro e construí minha atuação justamente para defender quem carrega o Brasil nas costas e, por muito tempo, foi tratado com descaso pela justiça.